Take a pen, a piece of paper and write! Someday someone as fool as you will think you wrote awesome things.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Tumdum!!!! Baragadum, baragadum, quiriguidum, quiriguidum.
Bom Carnaval!
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Estaticamente Estátua. Móvel e viva.
De repente parei. Estava absorto. Era noite e eu não conseguia enxergar quase mais ninguém na rua. Foi quando então, ouvi um barulho e a pulso ou por impulso me senti arremessado contra a mais próxima parede molhada e fria.
Perdi a noção de tudo.
Meu corpo tremia, mas eu não conseguia sentir nenhum dos meus membros - eu estava vivenciando tudo aquilo e nada podia fazer. Pensei em gritar, em transformar aquela rua em um grande mar de ecos e rezar para que alguém ouvisse qualquer uma das ondas que carregava minha voz. Mas foi aí que percebi o repentino bloqueio da minha respiração - e eu mal havia começado a insuflar os pulmões.
Não demorou muito para que meu estômago também protestasse aquele acontecimento e eu o senti embolar: era como se alguém estivesse virando uma página de um pesado livro dentro de mim, e junto com a página vinha uma quente corrente de ar, que trazia consigo um insuportável sabor de ácido e resto de comida.
Eu suava, pingava, meus olhos imóveis para fugir da cena tentavam encontrar um ponto fixo inexistente e eu estava totalmente incapaz.
Não sei quanto tempo tudo aquilo demorou, mas pelo grau de insuportabilidade eu poderia contar mais de mil voltas de um relógio.
Voltei a mim.
Senti o corpo pesado, a pele molhada e os olhos encharcados que deslizavam de um lado para outro...
Vomitei.
E depois de liberar uma grande quantidade de ácido e resto de comida, limpei a boca com as mãos. Mãos, que em seguida calaram-me o choro, a dor e o desespero.
Eu o vi ir embora.
Eu o vi ir embora.
E só então consegui me mover e me separar da única coisa que se manteve firme durante todo o tempo: a parede dura, molhada e fria atrás de mim.
quarta-feira, janeiro 09, 2008
O ato da compadecida
Eu era aluno da sétima série do colegial e, por sinal, um mau aluno. Na verdade, se havia algo em minha vida ao qual eu não dava o menor valor era meus estudos. Todo o mais era diversão. O problema apareceu quando minha mãe me disse que se eu não fosse aprovado naquele ano eu iria para uma escola pública.
Pasmei! Pedi a ela que fizesse tudo menos aquilo, mas ela não cedeu. Decidi apelar e falei que não era minha culpa, que os professores eram os culpados e que eu tinha dificuldades de aprendizado. Ela me olhou séria como quem consegue dificultosamente ver o fundo do mar estando fora da água e me surpreendeu dizendo que iria ao colégio comigo no dia seguinte.
Eram oito horas quando minha mãe entrou na sala com o coordenador do colégio na sala dele. Eu tive que esperar do lado de fora. Mas como a hora passava e eu estava cansado de criar situações e suposições em minha mente, decidi espiar para ver o que estava acontecendo lá dentro.
Nem meia hora havia que tínhamos nos encontrado pela primeira vez e eu já estava de joelhos na frente dele. Vi quando meu filho entreabriu a porta e com mais vergonha e prazer ainda, continuei a dar àquele homem o maior e mais inigualável prazer que ele havia sentido até então. Mãe também é para essas coisas, e foi então que ele começou a tremer.
Que maravilha de profissão: trabalhar pouco e receber esses servicinhos extras. Que boca e que mulher! Ninguém jamais houvera feito nada assim comigo. Com tanta firmeza, suavidade e certeza. Não demorou muito, é verdade, mas após uma tremedeira que anormalmente me ocorreu, dei a maior gozada da minha vida.
Fechei a porta.
Voltei a mim e minutos depois minha mãe saiu da sala, me pegou pelo braço, me levou para casa e me disse que estava tudo bem.
Me masturbei como um louco naquela noite e no dia seguinte recebi a notícia de que havia sido aprovado no colégio.
Agora não sei se devo, ou não, agradecer à minha mãe.
terça-feira, janeiro 01, 2008
Feliz Ano Novo!
Embora os diferentes timbres de voz o meu ouvido já se acostumou com a sentença e então:
O que há de novo?
Olho ao meu redor e tudo ainda está igual.
Uso a roupa nova que agora é velha, comprada e usada na festa que começou no ano anterior.
Meus pensamentos, caducos, ainda persistem e nada transmutaram.
As pessoas, familia, amigos, os mesmos estranhos e desconhecidos.
Eu devo estar certo.
Feliz Ano Novo é uma frase arbitrária, de quem espera o que estar por vir baseado em esperanças depositadas no novo ciclo cósmico.
Chega de previsões a longo prazo.
Feliz Segundo Novo!
E vou tentar fazer aquilo que não fiz nesse segundo, registrado pelo meu relógio, e que acabou de passar.