quarta-feira, janeiro 09, 2008

O ato da compadecida

Eu era aluno da sétima série do colegial e, por sinal, um mau aluno. Na verdade, se havia algo em minha vida ao qual eu não dava o menor valor era meus estudos. Todo o mais era diversão. O problema apareceu quando minha mãe me disse que se eu não fosse aprovado naquele ano eu iria para uma escola pública.

Pasmei! Pedi a ela que fizesse tudo menos aquilo, mas ela não cedeu. Decidi apelar e falei que não era minha culpa, que os professores eram os culpados e que eu tinha dificuldades de aprendizado. Ela me olhou séria como quem consegue dificultosamente ver o fundo do mar estando fora da água e me surpreendeu dizendo que iria ao colégio comigo no dia seguinte.

Eram oito horas quando minha mãe entrou na sala com o coordenador do colégio na sala dele. Eu tive que esperar do lado de fora. Mas como a hora passava e eu estava cansado de criar situações e suposições em minha mente, decidi espiar para ver o que estava acontecendo lá dentro.

Nem meia hora havia que tínhamos nos encontrado pela primeira vez e eu já estava de joelhos na frente dele. Vi quando meu filho entreabriu a porta e com mais vergonha e prazer ainda, continuei a dar àquele homem o maior e mais inigualável prazer que ele havia sentido até então. Mãe também é para essas coisas, e foi então que ele começou a tremer.

Que maravilha de profissão: trabalhar pouco e receber esses servicinhos extras. Que boca e que mulher! Ninguém jamais houvera feito nada assim comigo. Com tanta firmeza, suavidade e certeza. Não demorou muito, é verdade, mas após uma tremedeira que anormalmente me ocorreu, dei a maior gozada da minha vida.

Fechei a porta.

Voltei a mim e minutos depois minha mãe saiu da sala, me pegou pelo braço, me levou para casa e me disse que estava tudo bem.

Me masturbei como um louco naquela noite e no dia seguinte recebi a notícia de que havia sido aprovado no colégio.

Agora não sei se devo, ou não, agradecer à minha mãe.

3 comentários:

Carlos L. R. disse...

Bem brutal, mas gostei.

Legal a forma que a narração passa de um personagem pra outro.

o/
Jorgê.

Anônimo disse...

Hello. This post is likeable, and your blog is very interesting, congratulations :-). I will add in my blogroll =). If possible gives a last there on my site, it is about the CresceNet, I hope you enjoy. The address is http://www.provedorcrescenet.com . A hug.

Liala disse...

Brutal e Forte,
mas a história é excelente.

O que uma mãe não faz por um filho?
Essa aí teve um gozo mais que fervoroso, mas até que os de Álvares.

Bjoos Gatoo