sexta-feira, abril 17, 2009

Confidências em papéis avulsos

Peca a folha de papel pela sua terminência
Pois num acesso de incompetência
Não foi suficiente para a minha confidência.

Fui eu quem falou demais?
Fui eu quem sentiu demais?
Fui eu quem escreveu demais?

Peca a folha de papel pela sua terminência
Mas não pela sua quantidade
Confidencio aqui só pela metade
E noutra folha, me entrego outra parte.

É folha de papel que pensa
É folha de papel que canta
É folha de papel que pulsa
Aqui ou alí, uma confidência avulsa.

Um comentário:

Joelton Duarte disse...

Comparar você a uma caixinha de surpresas seria medíocre!Uma comparação mais adequada seria compará-lo a um baú de tesouros,este que na fenda de uma madeira desgastada esconde o mais perfeito diamante.
A maestria e labor que tens ao reunir simples palavras são capazes de construir em mim um Ideário de Fantasias, não o das vividas, mas o das esquecidas!!!
Um coração que pulsa...
Confidências pela metade...
Nada é como costumava ser...
Talvez por indiferença, talvez por vaidade!!!