Para ser, não sê inteiro. Sê pouco, em partes, ignora a intensidade. Mas sê um pouco do todo em tudo, primore sempre a divisibilidade. Nesses poucos não se dê muito, pelo contrário, dê vez à timidez, a mesquinharia, e mostre que tudo o que você tem está dividido por aí. Ou melhor, não mostre. Mostrar é muito precário. Deixe que descubram. Mostrando-se e dando-se pouco, talvez quem de ti roubar algo, depois venha a descobrir que aquilo não era verdadeiramente teu, ou ainda, que o que foi roubado não te fará falta.
2 comentários:
manual da felicidade
=D
Perfeito!
O quão transcendentais são as reflexões por ti propostas, os teus poemas refletem a grandiosidade não só das mãos que os escrevem, mas a grandiosidade do indivíduo que as possui.
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